Abilio detona soltura de vereadores e usa tema em programa eleitoral

As operações investigam esquema no Departamento de Água e Esgoto em VG e envolvimento de um parlamentar com o crime organizado em Cuiabá

O candidato a prefeito de Cuiabá Abilio Brunini (PL), criticou a inversão de valores observada nos últimos dias na baixada da cuiabana, onde dois vereadores foram presos em Cuiabá, Várzea Grande e soltos. Em um dos casos, o acusado foi recebido com festa em uma reunião política. O tema foi abordado no programa eleitoral de Abilio nesta quarta-feira (25).

“Uma operação policial que identificou que toda a diretoria do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG) e mais um vereador estavam envolvidos em esquema que obtinha vantagem financeira para o fornecimento de água na cidade. E o mais absurdo é que quando esses caras foram soltos eles foram aplaudidos, olha a gravidade disso”, disse Abilio.

“Aqui em Cuiabá, um vereador está preso por envolvimento com uma organização criminosa, olha a distorção da realidade, eu fico abismado com isso”, emendou Brunini.

Pablo Pereira (União) foi preso na última sexta-feira (20) e liberado na tarde de segunda-feira (23), acusado de liderar um esquema de cobrança de propinas no Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Várzea Grande, dificultando acesso da população.

O segundo vereador preso é o parlamentar da capital Paulo Henrique de Figueiredo (MDB), também na sexta (20). Acusado de envolvimento com uma facção criminosa e lavagem de dinheiro por meio da realização de shows, ele foi na quarta-feira (25).

Abilio destacou uma pesquisa interna, onde compra de votos foi abordada. “Nossa pesquisa apontou que o dinheiro que é usado para propina e compra de voto é aquele desviados da saúde, das obras inacabadas, é o dinheiro de mão em mão, que é quase impossível de rastrear. Nós fizemos a denúncia no passado, virou processo, demorou mais de quatro anos e o processo foi arquivado”, completou.

Segundo ele, o sentimento de impunidade contribui para que a corrupção aumente.

“Eu sei que ainda existe muita gente boa e honesta no mundo, é por isso que entrei na política, se eu não tivesse fé na humanidade eu não ia me expor e me colocar na posição que eu estou, para combater a corrupção”.

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