Oex-vereador por Cuiabá Lúdio Cabral (PT) teria recebido R$ 1 milhão, por meio de caixa 2, durante a campanha ao governo em 2014. Sob o codinome “Ema”, o petista está na planilha da Odebrecht de contribuições ilegais para políticos. A informação é do jornal O Valor.
O intermediário do repasse, segundo a planilha, foi Edinho Silva que, à época, foi coordenador financeiro da campanha da ex-presidente da República Dilma Rousseff (PT) – veja, abaixo.
Durante seis anos, de 2008 a 2014, a Odebrecht repassou cerca de R$ 246 milhões em forma de caixa 2 para centenas de políticos. A planilha foi entregue ao Ministério Público Federal pelo diretor do departamento de operações estruturadas, Benedicto Junior. O setor era o centro de distribuição de propina da empreiteira.
Quando o nome de Lúdio veio à tona na lista da Lava Jato, o ex-vereador já havia cogitado que a petição da Procuradoria Geral da República se referia às eleições de 2014, haja vista que também foram citados na mesma documentação Edinho e o candidato a governador de Rondônia em 2014, Mariton Benedito de Holanda. A defesa do ex-vereador, patrocinada por José do Patrocínio, explica que teve acesso aos vídeos e áudios do delator Alexandrino, mas, em nenhum momento, o ex-diretor da Odebrecht cita Lúdio. Por isso, o advogado pondera que é preciso saber se o Tribunal Regional Federal da 3ª Região, em Brasília, vai acatar abertura de investigação ou não. Caso seja dado prosseguimento, o jurista terá acesso integral aos documentos. “O que podemos verificar até agora são especulações”, sustenta. |